A Vida Venceu a Morte

O céu ainda estava em silêncio. Era o primeiro dia da semana, e a dor da crucificação ainda pesava sobre os corações dos que amavam Jesus. Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé levantaram-se cedo, com aromas e especiarias nas mãos, desejando honrar Aquele que tanto amavam.
Enquanto caminhavam, uma pergunta ecoava em seus pensamentos: “Quem nos removerá a pedra da entrada do sepulcro?” (Mateus 28:1; Marcos 16:1-3; Lucas 24:1)
É sobre isso que quero falar com você hoje: quantas vezes nós também caminhamos com o coração aflito, preocupados com pedras que Deus já removeu?
O medo do impossível
As mulheres caminhavam pela estrada da dor, acreditando que ainda precisavam resolver algo que já havia sido solucionado pelo céu. Elas não sabiam… mas Deus já havia agido antes mesmo que chegassem.
Você está ansioso por algo que Deus já resolveu?
Quantas vezes sofremos por antecipação, nos angustiamos com problemas que já têm resposta, carregamos pesos desnecessários, ficamos presos no “e se...”.
Mas naquele domingo, o céu já havia se movido antes que os pés das mulheres tocassem o jardim. A pedra… já havia sido tirada.
Houve um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu, removeu a pedra e sentou-se sobre ela. Seu aspecto era como relâmpago, e sua veste, branca como a neve. Os guardas tremeram e ficaram como mortos. (Mateus 28:2-4)
Um túmulo vazio, um céu aberto
Quando chegaram, encontraram a pedra removida e o sepulcro vazio. E então… duas figuras com vestes resplandecentes disseram: “Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou, como havia dito.” (Lucas 24:4-7; Mateus 28:5-6; Marcos 16:5-7)
A pedra não foi removida para Jesus sair — Ele já havia vencido a morte. A pedra foi removida para que nós pudéssemos entrar e ver que Ele não estava mais ali.
Jesus não precisava de plateia para o milagre. Mas a nossa fé precisava de evidência. O anjo moveu a pedra para revelar a vitória.
Às vezes, Deus não remove obstáculos para te libertar, mas para te mostrar que a vitória já aconteceu.
Entre. Veja. Creia. O túmulo está vazio. A promessa foi cumprida. Ele ressuscitou, como havia prometido.
Ele chama pelo nome
As outras mulheres correram para contar aos discípulos, mas Maria Madalena… ficou. Ela chorava junto ao túmulo, tentando entender onde haviam colocado o corpo do seu Senhor. Ela viu dois anjos. Depois, ao virar-se, viu Jesus… mas não O reconheceu de imediato. Ele a chamou pelo nome: “Maria de Magdala!” E ela respondeu: “Rabôni!” (João 20:11-16)
A voz era inconfundível. Ela já tinha ouvido aquela voz. Era pessoal. Era dEle. Na dor, no luto, na confusão…
Jesus nos chama pelo nome. Mesmo quando não o reconhecemos de imediato, Ele nos vê, Ele nos conhece, Ele se revela. E quando Ele chama, a alma responde: “Rabôni!” — Mestre! Senhor! Amor reencontrado.
O reencontro transforma
No caminho, outras mulheres O encontraram. Jesus lhes disse: “Salve!” Elas se aproximaram e O adoraram. (Mateus 28:9-10) Enquanto isso, os guardas eram subornados para esconder a verdade. (Mateus 28:11-15)
Dois discípulos caminhavam rumo a Emaús, decepcionados, tristes. Jesus se aproximou deles. Mas eles não O reconheceram. Ele lhes explicou, desde Moisés até os profetas, tudo quanto a respeito d’Ele estava escrito. (Lucas 24:13-35)
Eles não queriam acreditar no que precisavam crer: Jesus estava vivo. Jesus se assentou à mesa, partiu o pão… e então os olhos se abriram. Eles O reconheceram. Quando os olhos se abriram, Jesus já não estava mais com eles. Mas aquela revelação os impulsionou a voltar para Jerusalém.
Não importa onde você conheceu Jesus… a jornada verdadeira continua na comunhão com o Corpo.
O reencontro com Tomé
Ao anoitecer daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas fechadas, Jesus apareceu no meio deles e disse: “Paz seja convosco!” Mostrou-lhes as mãos e o lado. Eles se alegraram ao ver o Senhor. (João 20:19-20)
Mas Tomé não estava. E quando ouviu, duvidou. Disse que só creria se visse e tocasse. Oito dias depois, Jesus voltou só para ele. “Põe aqui o teu dedo... não sejas incrédulo, mas crente!” Tomé respondeu: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20:24-28)
Tomé foi sincero. Não fingiu fé. E Jesus não o desprezou por isso. Ele foi ao encontro da honestidade de Tomé. Jesus não o humilhou — o convidou a crer.
Duvidar não é o fim. Permanecer na dúvida, sim. “Toque. Veja. Mas agora, creia.” Jesus estava dizendo: "Eu vim por você, Tomé."
A restauração de Pedro
Jesus também apareceu no mar de Tiberíades. Sete discípulos estavam pescando. Jesus apareceu e preparou pão e peixe na brasa. E ali, restaurou Pedro: “Tu me amas?” (João 21:1-17) Três vezes Pedro negou. Três vezes Jesus perguntou. Não para acusar — mas para curar.
Jesus nunca vai te pedir algo que Ele mesmo não tenha preparado. Ele não desiste de quem tropeça. Ele restaura. Ele envia de novo. “Você ainda me ama?” — a mesma voz continua chamando.
A grande comissão e a promessa
Durante quarenta dias, Jesus apareceu a muitos. Ensinou sobre o Reino de Deus. (Atos 1:3) Na Galileia, disse: “Ide por todo o mundo… Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” (Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-18)
E no monte das Oliveiras, Ele foi elevado ao céu. “Esse Jesus… assim virá como o vistes ir.” (Atos 1:9-11; Lucas 24:50-53)
A vida venceu a morte
No Pentecostes, Pedro declarou: “A este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas... Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2:32-36)
Paulo confirmou: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé.” (1 Coríntios 15:14) “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos…” (1 Coríntios 15:20) “Ele foi entregue por nossas ofensas e ressuscitado para nossa justificação.” (Romanos 4:25) “O mesmo poder que ressuscitou Jesus habita nos que creem.” (Romanos 8:11) “Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:18)
Uma proposta pessoal
Essa ressurreição não é só um fato histórico. É um convite. Um grito de amor. Jesus ressuscitou para que você viva.
Para que você troque:
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a culpa pela paz
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o medo pela fé
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a condenação pela salvação
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
O túmulo está vazio. O céu está aberto. Talvez você se sinta como Maria chorando… Como Tomé duvidando… Como Pedro fracassado… Mas Jesus está vivo. E Ele veio por você.
Ele está batendo à porta do seu coração. Hoje é o seu dia de ressuscitar com Ele. Diga sim. Entregue-se. Confesse. Porque onde Jesus entra…
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a morte sai,
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o medo foge,
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a vergonha desaparece
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e o novo começa.
O túmulo está vazio. O céu está aberto. A porta da graça está escancarada. Ele está vivo. E Ele está aqui. Por você.
Deus abençoe sua casa, sua vida e sua família!
Magda Lima
Abba Church Marlboro
(texto adaptado da ministração do Pr. Benhour Lopes, Domingo de Páscoa, 20 de Abril de 2025)