Adoração como Estilo de Vida
Em um mundo repleto de atividades e responsabilidades, onde muitas vezes nos perdemos no fazer em vez de no ser, a história de Marta e Maria, registrada em Lucas 10:38-42, ecoa como um lembrete vital sobre a essência da adoração verdadeira. Maria escolheu a “melhor parte”, priorizando estar aos pés de Jesus, enquanto Marta, embora ativa em servir, perdeu de vista o essencial: a presença e o ensinamento do Mestre.
Tudo o que fazemos como igreja e como indivíduos deve apontar diretamente para a pessoa de Jesus. Como afirmado em João 11:2, Maria entendia profundamente isso: sua vida girava em torno de Jesus. É crucial que cada aspecto de nossa fé, incluindo nossos cultos e práticas diárias, reflita essa centralidade em Cristo. Caso contrário, corremos o risco de nos perder em rituais vazios e atividades sem significado espiritual profundo.
Salmo 27:4 nos lembra do desejo de Davi de habitar na presença de Deus todos os dias de sua vida, buscando a beleza do Senhor e sua orientação no templo. Esse versículo nos desafia a priorizar a presença de Deus acima de todas as outras coisas, colocando-o no centro de nossas vidas e práticas de adoração.
Eclesiastes 3:1 ensina que há um tempo designado para cada propósito debaixo do céu, incluindo um tempo para servir e um tempo para adorar. Esse equilíbrio é essencial para uma vida cristã saudável, onde o serviço não substitui a adoração íntima e pessoal a Deus.
Jesus, em Mateus 6:33, exorta seus seguidores a buscarem primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, prometendo que todas as outras necessidades serão supridas. Essa escolha de priorizar Jesus sobre as preocupações mundanas é exemplificada na decisão de Maria de se assentar aos pés de Jesus, absorvendo suas palavras e buscando sua presença.
Paulo, em Filipenses 3:8, declara que considera tudo como perda comparado ao conhecimento de Cristo Jesus. Esse versículo sublinha a importância de valorizar o relacionamento pessoal com Cristo acima de qualquer outra conquista ou atividade.
No encontro entre Jesus, Marta e Maria, fica claro que é possível realizar muitas coisas em nome de Jesus sem verdadeiramente adorá-lo. Muitos confundem atividade religiosa com verdadeira devoção, mas adoração genuína implica entrega total e íntima a Deus, não importa o que estejamos fazendo.
O termo “adoração” tem suas raízes no grego como “aquele que beija os pés de quem ama”, refletindo uma demonstração profunda de amor e devoção a Jesus. É uma atitude de humildade e rendição, impossível de ser genuína se acompanhada por um coração soberbo, orgulhoso ou arrogante.
Adorar a Deus não se limita a rituais ou palavras; é uma postura do coração que busca encontro e comunhão com o Criador. Quando adoramos, liberamos um ambiente propício para milagres (Jeremias 8:22), onde Deus pode curar e transformar nossas vidas de maneiras sobrenaturais.
Portanto, adoração como estilo de vida não se restringe a momentos específicos de culto, mas permeia todas as áreas de nossas vidas. É a escolha diária de priorizar Jesus, buscar Sua presença e viver em resposta ao Seu amor transformador. Que cada um de nós possa refletir verdadeiramente a imagem de Maria, escolhendo a “melhor parte” ao colocar Jesus no centro de nossas vidas e adoração.
Deus abençoe sua vida, sua casa e sua família!
Magda Lima
Abba Church Marlboro
(Texto adaptado da ministração Pr. Benhour Lopes, Quarta da Palavra, 14 de Agosto de 2024)